A derrota para a Coreia do Norte, na quarta-feira (5), pela semifinal da Copa do Mundo Feminina Sub-17, no Marrocos, não apagou o orgulho da técnica Rilany Silva pela atuação da Seleção Brasileira. Com uma jogadora a menos em boa parte da partida, o Brasil lutou até o fim, mas acabou superado pela atual campeã mundial.
“Ficou muito difícil falar sobre o resultado, porque jogar com uma a menos é muito complicado. Enfrentamos a atual campeã, então não posso dizer que foi justo ou injusto, porque aconteceu a expulsão, mas não sei qual seria a história se fosse 11 contra 11”, avaliou Rilany. “Mesmo sofrendo o gol no final do primeiro tempo, acredito que seria um jogo muito em aberto ainda, e eu só tenho a enaltecer o que elas fizeram hoje: a garra, a entrega que tiveram.”
A treinadora destacou a mentalidade competitiva que o grupo vem construindo ao longo da campanha no torneio. Para ela, mais do que o resultado, o que se viu em campo foi um time que aprendeu a competir e a reagir diante das adversidades. “Elas demonstraram uma maturidade enorme e uma mentalidade competitiva, vencedora, que está sendo criada em jogadoras que antes eram sempre vistas com a narrativa de encontrar problemas, se justificar para tudo. Agora elas estão querendo encontrar soluções o tempo todo, e isso é muito bonito de ver essa evolução delas”, elogiou.
Mesmo com uma jogadora a menos, a Seleção não se fechou atrás e tentou buscar o resultado até o fim. Esse comportamento, segundo Rilany, reflete o espírito de um grupo que acredita e quer deixar um legado. “Hoje, mesmo com uma a menos, elas não quiseram baixar o bloco e se defender; foram para cima da Coreia o tempo todo, tentando decidir o jogo. A junção de todos esses fatores mostra o quão incríveis elas estão sendo”, destacou.
Agora, o foco se volta para a disputa do terceiro lugar, quando o Brasil terá a chance de conquistar uma medalha inédita na história da categoria. Para Rilany, o pódio seria o reconhecimento pelo desempenho da equipe no mundial. “O que vamos enfrentar agora é um pódio, valendo algo histórico para essa categoria, algo que elas merecem. Sair daqui sem uma medalha seria uma dor difícil de superar, pelo que elas estão fazendo e pelo que todos estão vendo. Não só pela entrega, mas pela qualidade do jogo, pelo entendimento do jogo”, concluiu.
O Brasil disputará o terceiro lugar no mundial no próximo sábado (8), contra o México, no Estádio Olímpico de Rabat, às 12h30 (horário de Brasília), em busca da primeira medalha da história da categoria. A campanha no Marrocos já é a melhor da Seleção em um Mundial Sub-17.
(Texto: CBF Oficial. Foto: Fábio Souza/CBF)