Ao assumir a gestão da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em outubro de 2022, um diagnóstico inicial mostrou que o cenário da infraestrutura era crítico. Além das muitas obras paralisadas, incluindo blocos acadêmicos e administrativos, tanto no câmpus sede quanto nos câmpus regionais e no Hospital Universitário, setores vitais estavam defasados, como os sistemas de energia, tecnologia e infraestrutura laboratorial. O resgate desses ativos tornou-se meta primordial, além da administração das demandas pertinentes ao dia a dia da maior universidade estadual do Paraná.
Para otimizar a eficiência e acelerar os processos, a gestão estabeleceu um plano de ação estratégico, que consistiu basicamente em dois pilares fundamentais: o fortalecimento do relacionamento político e a formação de equipes para elaboração e atualização de projetos, o que, crucialmente, permitiria a busca por recursos financeiros junto a governos e parlamentares.
Dessa maneira, com a conclusão dos primeiros projetos, aliando-se às tratativas políticas iniciais, obras paralisadas começaram a ser licitadas e retomadas, como os blocos I-45A, I-24, C-90, das Engenharias, no câmpus de Umuarama, obras de acessibilidade e, no Hospital Universitário, três blocos: S-40, Centro Cirúrgico e Industrial.
Estão previstos, ainda para este ano, os editais de licitação de blocos maiores, como o S-35, a Moradia Estudantil e o I-46, bem como outros menores: H-57, B-36, B-03 e, também, o espaço da livraria da Eduem na BCE e o novo bloco didático em Ivaiporã.
Já os blocos B-07, Q-07, S-37 (Central de Resíduos Hospitalares - HUM) e o posto de vigilância em Ivaiporã foram concluídos no período, somando-se às conclusões das reformas dos telhados dos blocos C-67, G-56, G-80, G-90, E-78, O-32 e O-33.
Além de tratar da infraestrutura e limpeza do câmpus, a administração passou a direcionar esforços para a melhoria imediata dos sistemas existentes, como a rede energética (nova subestação e instalação de 17 geradores), a aquisição de equipamentos para laboratórios, a implantação de monitoramento de câmeras de segurança, a renovação dos equipamentos da rede de internet e do software de gestão acadêmica. A frota de veículos foi atualizada e direcionada a praticamente todas as unidades da instituição, com 26 novos carros, caminhonetes e picapes, gerenciados pelo setor de Garagem da Prefeitura do Câmpus (PCU).
No Restaurante Universitário (RU), a melhoria das instalações e dos serviços oferecidos, com novos equipamentos e climatização, foi classificada pelo reitor Leandro Vanalli como o “grande ativo da gestão, garantindo a oportunidade dos nossos estudantes realizarem suas três refeições diárias, com um cardápio variado e que está sendo constantemente atualizado pelos nossos nutricionistas e preparado com carinho pela equipe do nosso RU. Em nossa gestão, aumentamos o investimento no restaurante em cinco vezes, além do crescimento de 16,6% no número de bolsistas beneficiados pela isenção do pagamento da refeição”.
Outro número interessante alcançado é o total de bolsas ofertadas com recursos da própria universidade, com o apoio do Conselho de Administração (CAD), atualmente em torno de 4 mil bolsas para alunos que desempenham atividades de extensão, ensino, formação acadêmica, monitorias, PIBIC, PIBIT, incentivo à arte, Propae, ECI e orquestra de câmara. O investimento chancela a excelência da UEM que, em 2025, protagonizou diferentes rankings internacionais, se consolidando como uma das melhores instituições de ensino público do país.
Nomeação de novos servidores
A gestão não mediu esforços para que as vagas de servidores efetivos disponibilizadas pelo Governo do Estado, via Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a partir dos parâmetros da Lei Geral das Universidade (LGU), fossem transformadas em concursos públicos. Os processos foram realizados com anuência e apoio dos conselhos de Administração e Universitário da UEM, com coordenação da Pró-Reitoria de Recursos Humanos (PRH).
No início de 2025, a instituição recebeu 139 novos servidores aprovados em concursos públicos - 116 professores e 23 técnicos administrativos. Durante o ano, celebrou mais três nomeações, chegando a 54 novos docentes, distribuídos pelos centros de ensino da UEM.
Próximos passos e desafios
A infraestrutura da universidade ainda receberá novos aportes, com obras projetadas que estão em fase final de elaboração e com recursos sendo negociados no âmbito do Governo do Estado, destacando-se a nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o novo prédio da Maternidade, ambos no HUM, a pista de atletismo, reforma do Hospital Veterinário em Umuarama, Laboratório de Prototipagem em Cianorte, além das obras a serem retomadas, como o bloco V-03 (em Goioerê), F-90, D-89 e M-40 (Centro de Eventos).
Estão previstas, também, mais aquisições de equipamentos para laboratórios, atendendo às demandas dos setores que têm utilizado novas ferramentas para a formação dos processos de compras disponibilizados pela Divisão de Material e Patrimônio (DMP), ligada à Pró-Reitoria de Administração (PAD).
A contratação de docentes e agentes universitários seguirá como umas das atividades prioritárias da PRH, o que reforçará os quadros da administração descentralizada e centralizada, importantes para a continuidade e expansão das atividades de ensino, pesquisa e extensão da UEM e dos demais serviços oferecidos para a comunidade regional.
Para que tudo isso se concretize, o papel da equipe é fundamental, conforme reforça Vanalli. “Nossa gratidão a todos os servidores que fazem com que as atividades, processos e resultados aconteçam, nessa grande e importante universidade pública que é a nossa amada UEM. Assim, o trabalho de todas as pró-reitorias e demais órgãos afetos à Reitoria precisa estar entrosado e dinâmico, quebrando paradigmas e atualizando as metodologias presentes nos processos existentes, revitalizando a gestão”. A gestão 2022-2026 estará à frente da instituição até outubro do ano que vem.
Segundo a vice-reitora, Gisele Mendes, “a equipe logrou uma importante transformação de como a UEM é vista pela comunidade, com maior abertura aos nossos parceiros internos e externos e visibilidade junto à comunidade de Maringá e dos nossos campi regionais”. Ela também destacou que “a sensação de pertencimento e identidade da UEM junto à comunidade aumentou, reforçando a retomada de obras importantes, tanto na área de ensino como de atenção à saúde, bem como marcamos forte postura na reafirmação da importância da assistência e permanência estudantis, para que não só tenhamos maior ingresso de estudantes no ensino superior público do Paraná, como também graduados pela nossa Instituição, marcando o acentuado progresso e protagonismo da UEM no desenvolvimento local, regional e global”.
(Fonte: Comunicação UEM)
