Offline
MENU

Éric Fidelis se nega a responder perguntas na CPMI do INSS
Seu pai, André Fidelis, foi um dos presos hoje pela PF
Radioagência Nacional - Por Priscilla Mazenotti
Publicado em 13/11/2025 17:51
Notícias do Brasil
© Polícia Federal/divulgação

Enquanto o pai – o ex-diretor de benefícios do INSS –, André Fidelis, era preso pela Polícia Federal, o filho, o advogado Éric Fidelis, prestava depoimento à CPI Mista do INSS. E, protegido por um habeas corpus, não respondeu muita coisa. Nem sobre as atividades do pai, nem sobre a movimentação milionária em sua conta, muito menos sobre as empresas investigadas.

Mesmo com o risco de sair da CPI preso, como alguns senadores chegaram a alertar. Ele foi questionado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar, do União de Alagoas.

André Fidelis - o ex-diretor de benefícios do INSS - não foi o único preso na nova fase da Operação Sem Desconto deflagrada nesta quinta-feira. Junto com ele, foram outras nove pessoas. Entre elas, o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que negou as acusações e classificou a prisão de “ilegal”; José Carlos Oliveira - conhecido como Ahmed Mohamed, e que foi ministro da previdência do governo anterior, de Jair Bolsonaro; o deputado federal Euclydes Petterson, do Republicanos de Minas Gerais; e o deputado estadual, Edson Araújo, do PSB do Maranhão. Que, apesar de terem a defesa procurada pela reportagem, ainda não se pronunciaram.

O deputado federal Euclydes, segundo integrantes da CPI, é ligado à Conafer, Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais. Teria viajado num avião que também era usado pela Conafer, uma das entidades investigadas.

Já Edson Araújo é suspeito de movimentações bancárias atípicas e de ter recebido pagamentos da Federação das Colônias de Pescadores do Maranhão.

Mas, uma das coisas que chamou a atenção da CPMI nesta fase da operação foram os bens apreendidos: dois carros de luxo – um mustang e um cadilac, que tem preço passando fácil de um milhão, dois milhões de reais, além de dinheiro e munição. É o que disse o relator, Alfredo Gaspar.

Antes do depoimento, a CPI Mista aprovou mais de 60 requerimentos. Entre eles, o de convocação do deputado estadual Edson Araújo, preso nesta quinta-feira, e o de prisão preventiva Igor Dias Delecrode, empresário da área de tecnologia acusado de ter um programa para fraudar biometria e assinaturas digitais. Também de Américo Monte, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, entidade investigada, e o empresário Danilo Trento, que teria atuado no esquema de descontos indevidos das aposentadorias.

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
Comentários