O segundo encontro do Grupo de Trabalho (GT) da Arbitragem aconteceu na quinta-feira (11), na sede da CBF, no Rio de Janeiro, e reuniu representantes de clubes, federações, árbitros, especialistas nacionais e internacionais. A abertura do evento foi feita pelo presidente do GT e vice-presidente da Federação Amapaense de Futebol, Netto Góes, que analisou as iniciativas do projeto e destacou a importância da adesão de agentes de diferentes entidades relacionadas ao futebol.
“É um processo gradativo, de várias etapas. É imprescindível a presença de todos esses representantes aqui. É uma orientação do presidente da CBF, Samir Xaud, que seja uma construção muito plural, feita por várias mãos. Partindo do princípio da nomeação do Grupo de Trabalho, e depois da instalação dele, já abordamos o que a gente tinha como conceito de implementação para o futebol brasileiro. Agora é o momento de desenvolver práticas e ações que vamos implementar em 2026", disse.
A primeira apresentação foi feita por Peter Irwin, head-global da Hawk-eye, empresa de tecnologia do VAR que está nas grandes ligas mundiais e atua para entidades como FIFA, UEFA e também para a CBF. Ele detalhou o funcionamento do sistema de VAR da Hawk-eye e revelou novas tecnologias que estão sendo implementadas ao programa.
Na sequência, Javier Álvarez, membro da Comissão de Arbitragem da Real Federação Espanhola, explicou como é a estrutura e organização da arbitragem na La Liga (primeira divisão do campeonato espanhol).
Por fim, Netto Góes e Davi Feques, gerente geral da CBF Academy, fizeram uma retrospectiva do trabalho do GT, avaliando o que foi feito até o momento e o que ainda entrará em prática. No dia 10 novembro, aconteceu a primeira reunião do Grupo de Trabalho e, na sequência, houve uma concentração de árbitros e assistentes na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde os profissionais tiveram um rigoroso acompanhamento físico, técnico, teórico, fisiológico e nutricional.
Antes do encontro de quinta (11), foram enviados formulários para membros do GT, árbitros e clubes, com questionamentos sobre o trabalho da arbitragem, com tópicos como questões físicas, táticas, de comunicação, entre outras. Através do formulário, o Grupo de Trabalho diagnosticou quais precisam ser os principais pontos abordados para reformulação.
Eles ainda apresentaram um esboço da diretriz estratégica, baseado em mais um formulário, desta vez enviado apenas para árbitros. Com isso, entenderam quais devem ser os eixos de atuação que precisam ser feitos em melhorias nos aspectos relacionados à governança, profissionalização, tecnologia, formação e capacitação.
A terceira e última reunião do GT está prevista para janeiro, quando irão apresentar a proposta das diretrizes gerais e ter uma discussão final.
IMPEDIMENTO SEMIAUTOMÁTICO
A empresa Genius, responsável pela tecnologia do impedimento semiautomático, está realizando a visitação dos estádios no Brasil. Até a reunião desta quinta (11), sete arenas receberam a equipe da empresa. A expectativa é que mais oito estádios sejam visitados até a próxima semana.
Esta é a primeira fase da implementação do impedimento semiautomático e, na sequência, eles darão início à fase de testes.
OBJETIVOS e estratégias
Desde que foi implementado em 10 de outubro, os representantes do GT têm realizado uma série de discussões voltadas à profissionalização dos árbitros, à educação continuada e aos investimentos na categoria.
O objetivo da iniciativa é modernizar o ofício a partir das melhores práticas mundiais, em conjunto com clubes das Séries A e B, especialistas nacionais e internacionais e representantes da FENAPAF, STJD, Abrafut, ANAF e CBF Academy.
O momento da criação deste GT foi estratégico por se tratar da transição entre as temporadas de 2025 e de 2026, que trará uma nova configuração para o futebol brasileiro devido à modernização do calendário e introdução de tecnologias como a do impedimento semiautomático.
(Texto: CBF Oficial. Foto: Rafael Ribeiro/CBF)