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Prefeitura de Maringá realiza Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial e promove debate sobre equidade racial
Por Administrador
Publicado em 20/05/2025 09:54
Notícias de Maringá

A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Juventude, Cidadania e Migrantes (Sejuc), realizou na sexta-feira, 16, e no sábado, 17, a 4ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Maringá. O evento, realizado no Centro de Ação Cultural Márcia Costa (CAC), elegeu os delegados que representarão Maringá na 5ª Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial.

A 4ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial reuniu a população pertencente às comunidades negras e indígenas e representantes da sociedade civil organizada, como coletivos negros e conselhos populares.

A secretária da Juventude, Sandra Franchini, destacou que a Conferência é um importante espaço de diálogo entre a sociedade civil e o poder público. “É por meio da escuta da população que construímos políticas públicas mais justas e inclusivas. As propostas aprovadas seguirão para a etapa estadual. A equidade racial tem como objetivo corrigir desigualdades históricas e promover oportunidades para todos”, afirmou.

Na sexta-feira, 16, primeiro dia do evento, a programação contou com apresentação musical de DJs e rappers e performances culturais. Também foi realizada uma palestra com a professora doutora Maylla Chaveiro. No sábado, 17, durante a manhã, os participantes debateram três temas: Democracia, Justiça Racial e Reparação, conforme os eixos orientadores definidos pelo Ministério da Igualdade Racial. Cada grupo debateu os desafios da equidade racial e formulou propostas.

Também foi realizada a eleição dos delegados e delegadas que representarão Maringá na 5ª Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial. Foram eleitos: Valdeir Gomes de Sousa, Odilia Maria Ferreira Barbosa, Gislaine Gonçalves, Luciane Margarida Lima Pereira, Tadeu Ta No Kaingang e Josimara Barros de Oliveira.

A psicóloga Maylla Chaveiro, doutora em perspectiva africana e relações étnico-raciais, falou sobre a importância de valorizar as ancestralidades africana e indígena no contexto brasileiro. Durante a fala, destacou: “É preciso, de uma vez por todas, eliminar as desigualdades para avançarmos na pauta antirracista. Precisamos pensar em estratégias eficazes, baseadas na realidade local de Maringá”.

O representante da comunidade indígena, Tadeu Ta No, cujo nome indígena é Tandó, 'raio' em Kaingang, destacou que “é uma satisfação fazer parte deste espaço, já que, muitas vezes, o indígena não é convidado e só participa quando é conveniente. Estamos aqui para ocupar essas brechas e trazer nossa visualidade, que é fundamental no município. Também é importante integrar o Conselho e levar nossas propostas à Conferência Estadual, para que o povo indígena tenha mais visibilidade no Paraná”, afirmou.

Gislaine Gonçalves, conhecida como Mãe Gi, representante da comunidade negra, LGBTQI+, professora e umbandista, ressaltou a importância da escuta ativa e da construção coletiva de propostas para a etapa estadual. “Essas propostas orientam o trabalho do poder público e mostram onde precisamos avançar. Temos que olhar para a igualdade racial e não aceitar mais o racismo na nossa cidade”, afirmou.

As propostas aprovadas na Conferência vão auxiliar na definição de diretrizes para a promoção da igualdade racial. A Conferência busca fortalecer o diálogo com comunidades negras, indígenas e ciganas e propor políticas públicas de equidade racial. 

(Fonte: PMM)

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